A diferença entre crítica e público

Robin Kawakami, que escreve para o New York Times publicou um curioso texto fazendo uma avaliação daquilo que foi lançado no ano de 2023 e a dinâmica entre críticos e leitores quando se trata de avaliar as melhores produções de TV e filmes do ano. Ele destaca a disparidade entre as escolhas dos críticos e as preferências do público, sugerindo que, enquanto os críticos tendem a favorecer obras intensas e de alta qualidade, o público em geral procura entretenimento mais leve para escapar e relaxar.

A discussão sobre as melhores séries de TV do ano revela uma variedade de opiniões, com alguns expectadores expressando surpresa e desapontamento por seus programas favoritos, como “Billions” e “Heartstopper”, não terem sido incluídos na lista dos críticos. Da mesma forma, a seção sobre os melhores filmes mostra uma clara divisão entre os críticos, que elogiaram filmes como “Oppenheimer” e “Killers of the Flower Moon”, e os leitores, que mostraram um forte apoio ao filme “Barbie”.

O texto também destaca a natureza subjetiva das listas de “melhores”, sugerindo que elas são mais um convite à crítica do que uma declaração definitiva de qualidade. Isso é evidenciado pelos comentários dos leitores, que variam amplamente em suas opiniões e preferências.

Em última análise, o texto serve como um lembrete de que, embora as listas de “melhores” possam oferecer uma visão valiosa sobre as tendências e destaques do ano, elas são apenas um aspecto da experiência mais ampla de apreciação da arte e do entretenimento. Como Brian Seifert de Cincinnati resume de forma eloquente, “Os críticos veem muita porcaria, então eles gostam dos filmes intensos e de qualidade que aparecem. As pessoas comuns lidam com muita porcaria, então elas gostam de entretenimento mais leve para escapar e relaxar. Os dois grupos nunca estiveram tão distantes”. Esta citação encapsula perfeitamente a tensão entre críticos e público que o texto explora.

José Fagner Alves Santos